A língua se realiza por meio da fala e esta reflete uma situação individual. Ora, cada indivíduo sofre a influência da região em que vive, do meio social a que pertence, do ambiente cultural em que troca experiências, da profissão que exerce, do tempo que atravessa e, quando se expressa, seus atos de fala refletem essas influências. Por causa disso há, em uma língua, diferentes níveis de fala.
Se alguém está redigindo uma lei, uma portaria, um ofício ou qualquer outro tipo de redação oficial, se está escrevendo um texto técnico, científico ou didático, naturalmente não empregará a mesma linguagem de quando escreve um bilhete a uma namorada ou quando está numa reunião entre amigos.
No primeiro caso, usará o que se chama de nível ou norma formal ou linguagem culta, erudita, escorreita. No segundo caso, usará o nível ou norma informal, ou linguagem informal.
A norma formal, culta ou erudita segue as regras da gramática oficial que determina o que é certo e o que é errado e como se deve falar ou escrever linguisticamente. Mais refletida, é geralmente usada na escrita, há esforço para sua elaboração e o vocabulário é mais apurado.
Exemplo:
Faça-me um favor: se você vir o Paulo, diga-lhe para não deixar de vir cedo.
A norma informal subdivide-se em norma coloquial, comum, ou popular e norma vulgar.
a) norma coloquial - é a língua falada por indivíduos de instrução média e superior. É mais espontânea, o vocabulário é mais restrito, embora em constante evolução devido à criação de neologismos. Não há preocupação com as normas gramaticais. Usa-se no trato com os amigos, no trabalho, no bate-papo informal do cotidiano.
Exemplo:
Me faça um favor: se você ver o Paulo diga a ele para não deixar de vir cedo.
b) norma comum ou popular - é o uso que o povo faz do idioma principalmente por causa da influência dos meios de comunicação de massa, como o rádio, a TV, e os jornais. É a língua falada familiarmente, sem preocupação com as correções gramaticais.
Exemplo:
Me faz um favor: se você ver o Paulo diga pra ele não deixar de vim cedo.
c) norma vulgar - falada por pessoas semialfabetizadas ou analfabetas. É repleta de gírias, expressões grosseiras ou de baixo calão, tons exaltados ou excessivamente afetivos.
Exemplo:
Cara, solta uma grana prum sanduba.
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