domingo, 13 de dezembro de 2009

Língua - Pontuação:

Na Língua Portuguesa existem duas formas quanto a caracterização da pontuação, são elas: pontuação interna e pontuação externa.

Pontuação interna: dentro de uma oração.
Pontuação externa: A pontuação externa define a utilização da pontuação como divisor de orações meio a um período.
Os sinais de pontuação servem para dar sentido a uma oração, assim podemos notar que uma oração pode apresentar diferentes interpretações ou sentidos de acordo com a forma que ela é pontuada.

Vejamos a seguir as principais regras:

Ponto e Vírgula:

Utilizamos o ponto e vírgula nos seguintes casos:

Para itens de uma enumeração.

Ex.:

Lista de compras:
Pão;
Açúcar;
Leite.

Para aumentar a pausa antes das conjunções adversativas – mas, porém, contudo, todavia – e substituir a vírgula.

Ex.:

Deveria ir à reunião hoje; porém só poderei ir amanhã à noite.

Para substituir a vírgula no caso de troca de classe gramatical e uso de três vírgulas anteriores meio a uma oração:

Ex.:

O jacaré, o leão, o macaco, a girafa; todos estavam enjaulados e abrigados da chuva.

Para separar orações opositivas:

Uns trabalham; outros não trabalham.


Vírgula:

A vírgula é usada nos seguintes casos:

- para separar o nome de localidades das datas.

Porto Alegre, 12 de Maio de 2009.

Para separar vocativo.

Ex.:

Meu amor, espere que já estou chegando.

Para separar aposto.

Ex.:

Brasil, país do futebol, é pentacampeão mundial de futebol.

Para separar expressões explicativas ou retificativas, tais como: isto é, aliás, além, por exemplo, além disso, então.

Ex.:

O nosso sistema precisa de proteção, isto é, de um bom antivírus.
Além disso, precisamos de um bom firewall.

Para separar orações coordenadas assindéticas.

Ex.:

Ela ganhou uma guitarra, mas não sabe tocar.

Para separar orações coordenadas sindéticas, desde que não sejam iniciadas por e, ou e nem.

Ex.:

Cobram muitos impostos, poucas obras são feitas.

- para separar orações adjetivas explicativas.

Ex.:

A Amazônia, pulmão mundial está sendo devastada.

Para separar o adjunto adverbial.

Ex.:

Com o pé, chutou a bola.

Ponto :

É utilizado na finalização de frases declarativas ou imperativas.

Ex.:

Vamos assistir ao jogo.



O ponto final também é utilizado em abreviaturas.

Ex.:

Dr. ( doutor), Dra. ( doutora), Prof. ( professor), Sr. ( senhor), etc.

Ponto de Interrogação:

É utilizado no fim de uma palavra, oração ou frase, indicando uma pergunta direta.

Ex.:

Onde tu moras?

Por que não telefonastes?

Não deve ser usado nas perguntas indiretas.

Ex.:

Perguntei ao aluno se havia estudado.


Ponto de Exclamação:

É usado no final de frases exclamativas, depois de interjeições ou locuções.

Ex.:

Ah! Deixa isso aqui.

Nossa! Isso é demais!




Dois Pontos:

Os dois pontos são empregados nos seguintes casos:

Para iniciar uma enumeração.

Ex.:


A equipe entrará em campo com a seguinte formação:
Dida;
Juan;
Cafu;
Ronaldinho;
Ronaldo.

Antes de uma citação.

Ex.:

Já diz o ditado: filho de peixe,peixinho é.

Como já diz a música: o poeta não morreu.

Para iniciar a fala de uma pessoa, personagem.

Ex.:

O repórter disse: - Nossa reportagem volta à cena do crime.

Para indicar esclarecimento, um resultado ou resumo do que já foi dito.

Ex.:

O Ministério de Saúde adverte:sexo seguro é com o uso de camisinha.





RETICÊNCIAS:

Indicam uma interrupção ou suspensão na sequência normal da frase. São usadas nos seguintes casos:

Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.

Ex.:

Estava pensando em você quando...

Caminhava tranquilamente quando passei pela esquina e...

Para indicar hesitações comuns na língua falada.

Ex.:

Não vou ficar aqui por que... por que... não quero problemas.

Para indicar movimento ou continuação de um fato.

Ex.:

E a bola foi entrando...

Para indicar dúvida ou surpresa na fala da pessoa.

Ex.:

Alice! Você... ganhou na loteria!

Ronaldo... tu vais viajar?

ASPAS:

São usados nos seguintes casos:

Na representação de nomes de livros e legendas.

Ex.:

Já li “Dom Casmurro” de Machado de Assis.

“Os Lusíadas” de Camões tem grande importância literária.

Nas citações ou transcrições.

Ex.:

“Tudo começou com um telefonema da empresa, convidando-me para trabalhar lá na sede. Já havia mandado um currículo antes, mas eles nunca entraram em contato comigo. Quando as seleções recomeçaram mandei um currículo novamente”, revelou Cleber.

Destacar palavras que representem estrangeirismo, vulgarismo, ironia.

Ex.:

Que “belo” exemplo você deu.

Vamos assistir ao “show” da banda.

PARÊNTESES:

São usados nos seguintes casos:

Na separação de qualquer indicação de ordem explicativa.

Ex.:

Predicado verbo-nominal é aquele que tem dois núcleos: o verbo (núcleo verbal) e o predicativo (núcleo nominal).

- na separação de um comentário ou reflexão.

Ex.:

Os escândalos estão se proliferando (a imagem política do Brasil está manchada) por todo o país.

Para separar indicações bibliográficas.

Pra que partiu?

Estou sentado sobre a minha mala
No velho bergantim desmantelado...
Quanto tempo, meu Deus, malbaratado
Em tanta inútil, misteriosa escala!
(Mario Quintana, A Rua dos Cata-Ventos, Porto Alegre, 1972).

sábado, 5 de dezembro de 2009

Literatura - Arcadismo:

Arcadismo (1768- 1808)

O Arcadismo representa na literatura, uma reação ao estilo Barroco – exageradamente rebuscado, com antíteses e frases tortuosas. Na época ele propunha uma volta aos estilos clássicos, ou seja, Greco-Latino e Renascentistas, considerados fonte de equilíbrio e simplicidade, este movimento também é denominado de Neoclassicismo. O nome Arcadismo vem do romance pastoral de Sannazzaro, intitulado Arcádia (1504), que tem como tema à vida campestre, ideal de felicidade. A expressão Arcádia evoca a lendária região da Grécia, denominada pelo Deus Pan e habitada por pastores que se dedicavam á poesia e a vida rústica. Daí o fato de os poetas chamarem-se “pastores” e adotavam nomes Greco-Latinos: Glauceste (Cláudio Manuel da Costa) e Dirceu (Tomás Antônio Gonzaga).

Características do Arcadismo:

Imitação: os Árcades propunham uma volta aos modelos clássicos Renascentistas, porque neles encontrava o ideal de simplicidade e a imaginação equilibrada pela razão, o que seria o freio moderador das emoções e impelindo os excessos. Resultam disso a presença mitológica e a linguagem simples, de vocabulário simples e períodos simples.

Bucolismo: segundo os Árcades, a pureza, a beleza e a espiritualidade residem na natureza. O crescimento das cidades conduz à valorização do campo e do preceito Horaciano (poeta italiano, referência para os autores renascentistas e neoclássicos) do fugere urbem (“fugir da cidade”). Daí a preferência por temas pastoris e pelas cenas da vida campestre. Inutilia Truncar: (“corta o que é inútil”) era um lema do Arcadismo, pois eles buscavam uma vida simples, bucólica, longe do burburinho urbano. Outra norma desse movimento é a Áurea Mediocritas (“mediocridade áurea”), determinando a simplicidade e o ideal de uma existência tranquila, sem excessos e associado à natureza. Carpe diem: aproveitar o dia, viver o momento presente com grande intensidade, foi uma atitude inteiramente assumida por esses poetas.
Racionalismo: preocupação com a verdade e o real. Segundo os Árcades, só é belo o que é racional, prega-se, portanto o equilíbrio entre a razão e o sentimento. Não cedes, coração, pois nesta empresa O brio só domina, o cego mundo Do ingrato amor seguir não Deus... (Alvarenga Peixoto) Convencionalismo: repetição de temas muito explorados e utilização de lugares comuns como “ovelhas”, “pastoras”, “estrela-Dalva”, “montes”, “claros fontes” etc. Idealização do amor e da mulher: o amor é a fonte de prazer, tranquila e não-passional. Irás a diverti-me na floresta, Sustenta, Marília, no meu braço; Aqui descansarei a quente sesta; Dormindo num leve sono em teu regaço, (Tomás Antônio Gonzaga) Principais poetas: Cláudio Manuel da Costa: seu pseudônimo árcade é Glauceste Saturnino e Nise, sua musa-pastora. Com a publicação de Obras Poéticas inaugurou o Arcadismo no Brasil em 1768. Além da obra já citada ele produziu: O Parnaso Obsequioso de 1831 e Vila Rica, Poemeto Épico de 1839. Tomás Antônio Gonzaga: seu pseudônimo árcade é Dirceu, e Marília o de sua musa, Maria Dorotéia Joaquina de Seixas. Entre suas principais obras estão: Marília de Dirceu, coletânea de liras constituída de três partes, ambas publicadas em Lisboa em 1792 e 1799. Obra de linguagem simples revela o gosto pelas cenas pastoris. Outra obra dele é Cartas Chilenas, provavelmente escritas entre 1787 e 1788, obra satírica que tem como alvo o governador mineiro Cunha Menezes, a quem o poeta chama de “fanfarrão Minésio”. o remetente da carta é Critilo (Gonzaga), e o destinatário é Doroteu (Cláudio Manoel da Costa). O Chile é Minas, e Santiago corresponde a Vila rica, como pode se observar nem o povo escapa das críticas do poeta: Em 1789, Gonzaga foi preso, acusado de envolvimento na Conjuração Mineira. Em 1792 foi degredado a Moçambique. · Manuel Inácio da Silva Alvarenga: escreveu os vícios, As Artes, Epístola a José Basílio da Gama e o Desertor das Letras, poema heróico e cômico que manifesta seu apoio às reformas do Marquês de Pombal. Porém e o livro Glaura, poemas eróticos de 1799 que o coloca entre os principais poetas de sua época. Poesia épica do Arcadismo: · José Basílio da Gama: seu pseudônimo árcade é Termindo Sipílio. Escreveu o poema épico Uruguai, publicado em 1769, sua obra mais importante. Ele narra a luta entre os índios dos sete povos da missão, do Uruguai, instigados pelos jesuítas, contra o exército Luso-espanhol que deveria transferir para os domínios portugueses na América e a colônia do Sacramento para a Espanha.
· Frei José Santa Rita Durão: sua obra mais importante é Caramuru de 1781, que narra à história de Diogo Álvares correia, que morreu num naufrágio na Bahia no séc. XVI. Segundo a lenda um tiro fez com que os índios lhe atribuíssem características sobrenaturais e lhe dessem o nome de Caramuru (filho do trovão). Gozando de prestígio entre os índios que lhe deram Paraguaçu como esposa. Descreve a paisagem brasileira, nossa fauna, flora, os costumes a tradições indígenas. “A morte de Moema” é o episódio mais conhecido da epopeia: Diogo resolve embarcar para a França com Paraguaçu, Moema, Apaixonda, tenta segui-lo a nado e morre afogada.

sábado, 28 de novembro de 2009

Língua - Discurso Direto, Discurso Indireto:

O narrador, para relatar a fala das personagens, pode servir-se de dois recursos:

Discurso direto - o narrador reproduz textualmente as palavras da personagem : Exemplo -
O pai chamou Pedrinho e perguntou:
ex.: Quem quebrou o vidro, meu filho?

Discurso Indireto - o narrador transmite com suas próprias palavras a fala da personagem.
ex.: Quando o pai chegou, perguntou à mulher quem quebrara o vidro. . .

A diferença básica entre discurso direto e indireto é a mudança de emissor. No discurso direto, o emissor é a personagem; no discurso indireto, o emissor é o narrador. A opção por uma dessas formas depende da intencionalidade do narrador e com a expressividade que pretende obter .

Língua - Vozes Verbais:

Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pratica, ou recebe, ou pratica e recebe a ação verbal.

Voz Ativa
Quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação verbal ou participa ativamente de um fato.
Ex.
As meninas exigiram a presença da diretora.
A torcida aplaudiu os jogadores.
O médico cometeu um erro terrível.

Voz Passiva
Quando o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação verbal.
Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética é formada por verbo transitivo direto, pronome se (partícula apassivadora) e sujeito paciente.
Ex. :
Entregam-se encomendas.
Alugam-se casas.
Compram-se roupas usadas.
Voz Passiva Analítica
A voz passiva analítica é formada por sujeito paciente, verbo auxiliar ser ou estar, verbo principal indicador de ação no particípio - ambos formam locução verbal passiva - e agente da passiva. Veja mais detalhes aqui.
Ex.:
As encomendas foram entregues pelo próprio diretor.
As casas foram alugadas pela imobiliária.
As roupas foram compradas por uma elegante senhora.

Voz Reflexiva

Será chamada simplesmente de reflexiva, quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo.
Ex.:
Carla machucou-se.
Osbirvânio cortou-se com a faca.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Língua - Uso da Crase:

Na Língua Portuguesa a crase indica à contração de A + A= À. A crase representa o uso de uma preposição mais artigo feminino ou anda uma preposição mais pronome demonstrativo. É importante lembrarmos que a crase não é um acento, mas sim uma contração de a+a, indicando a fusão de dois sons.

Ex.: O ministro chegou à embaixada.
(PREPOSIÇÃO + ARTIGO)

O ministro chegou a + a embaixada.
à


Utiliza-se crase quando é necessário o uso de uma preposição frente a uma palavra que aceite um artigo feminino designando gênero (feminino) e número.

Volta às aulas.





Nesse caso é necessária uma preposição, termo que faz ligação entre dois outros termos para que haja concordância na oração, pois não é certo escrevermos:

Volta aulas.

Escrita dessa forma perde-se a concordância da oração, quem volta, volta a algum lugar. Assim como o termo aulas aceita artigo na designação de gênero feminino.


A crase também muda o significado de uma oração, observe o exemplo:

Bateu à porta.

Nesse caso, indica-se que a porta recebeu umas pancadinhas, alguém deu murros na porta (a porta é adjunto adverbial de lugar e exige o uso de crase).

Bateu a porta.

Nesse caso, a porta é objeto direto do verbo bater. Significa que alguém fechou bruscamente a mesma.


Maneiras de certificarmos o uso:


Existem alguns artifícios a fim de verificarmos o uso ou não da crase. Podemos reescrever a oração trocando o termo feminino por um sinônimo masculino, se na troca o A virar AO há crase.

Ex.: Graças à ajuda dos marinheiros a baleia foi salva.


Graças ao auxílio dos marinheiros a baleia foi salva.






Assim podemos verificar que existe crase, pois na troca dos termos houve A por Ao.



Outro método é o uso do verso “ se vou a e volto dá crase há”.


Ex.: Vou à Bahia. / Volto da Bahia.

Fui a Porto Seguro. / volto de Porto Seguro.



Uso obrigatório da Crase:

Os seguintes casos apresentam obrigatoriedade quanto ao uso da crase:

Obs.: é importante a percepção que há exceções ente os casos, como tudo em nossa Língua.Essas serão também explicadas.

Artigo + Preposição:


Dediquei-me à leitura.

Resisti à oferta.

Houve um baile à fantasia.

Com a palavra Moda ou ao estilo de ocultas:

Mesmo frente a nomes masculinos utilizamos crase quando queremos representar essas expressões ( imitando, ao estilo ou moda de alguém ou alguma coisa).

Ex.: Falei à Romário./ Falei a Romário.

No primeiro caso a crase denota que houve uma imitação quanto ao estilo de Romário falar assim sendo necessário o uso de crase; no segundo caso denota uma conversa entre o sujeito e Romário, nesse caso sem o uso de crase.
Ele escreve à Machado de Assis.

Significa que alguém escreve ao estilo de Machado de Assis.

Ele escreve a Machado de Assis.

Assim, refere uma carta escrita a Machado de Assis.






Indicando Horário:

Utilizamos na indicação de hora, a não ser que seja precedido de uma preposição antes:

Ex.: A reunião será às 21 horas.

Ele chegou às 16 horas.


Após as 18 horas chegarei ao local .

Desde as 13 horas estou a esperar por você.

Obs.: A preposição ATÉ torna o uso de crase facultativo, assim sendo poderemos utilizar a crase com a preposição até antes de indicação de horário.

Ex.: Te espero até às 21 horas.


Antes do termo DISTÂNCIA quando está aparece determinada:


Ficou à distância de um metro do acontecido.


Ensino à distância ( especifica que EAD é pela distância de rede,Internet)


Estás a distância de meu coração (nesse caso não há crase,pois a distância é subjetiva).
Antes de palavra feminina em locuções:


Comprou à vista.

Entrou à direita da noiva.

Crescemos à medida que estudamos.

Fiquei à espera de sua ligação.


Palavra Terra:


Utilizamos crase frente a esse termo quando houver representação de Terra natal ou região.

Ex.: Os astronautas chegaram à Terra.




Os marinheiros chegaram a terra.

No caso dos marinheiros terra representa chão firme ou solo e não região, assim não se utiliza a crase.


O presidente voltou à terra natal.


Palavra Casa:


Frente ao termo casa há crase apenas quando existe um complemento sobre a casa.


Ex.: Fui à casa de minha tia.

Todos voltaram à casa de Marília depois da reunião.

Nos dois casos existe um complemento sobre a casa,porém, se não houver o complemento não se utiliza a crase.

Ex.: Fui a casa com meus amigos.

O complemento refere ao sujeito e não a casa.

Fui a casa.








Frente a pronomes: aquele, aquela, aquilo, quando for possível substituir por a esse,a essa, a isso:


Permaneci indiferente àquele barulho. (a esse)

Não me refiro àquilo.(a isso).




Crase Facultativa:

Existem casos facultativos na Língua Portuguesa, ou seja, podemos utilizar ou não a contração.


Frente a nomes femininos:

Entreguei a Joana o presente.

Entreguei à Joana o presente.


Antes dos pronomes possessivos minha, tua, sua, nossa, vossa:



Fale a sua irmã.

Fale à sua irmã.

Refiro-me a vossa senhoria.

Refiro-me à vossa senhoria.



Depois da preposição ATÉ:

Vamos até a praia.

Vamos até à praia.



Uso proibido da Crase:


Antes de nomes de santos:

Orei a nossa senhora.

Rezei a São Jorge.


Antes de nomes masculinos:

Andei a cavalo.

Vendeu a prazo.



Antes de verbo:

Fiquei a esperar dias seu telefonema.

Começou a dirigir cedo.


Com A no singular antes de palavra no plural:


Não me refiro a mulheres, mas sim a crianças.


Meio a palavras repetidas:

Cara a cara, frente a frente, face a face, lado a lado.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Língua - Acentuação Gráfica:

Na Língua Portuguesa, as palavras são acentuadas de acordo com a posição da sílaba tônica. A seguir veremos as regras de acentuação a partir das oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.


Oxítonas: Acentuam-se todas as palavras oxítonas terminadas em: A, E, O (seguidas de S ou não), assim como as com terminações em: EM, ENS.


Ex.: Sofá, Vatapá, Terminarás;

Café, Pontapé, Você, Português;

Cipó, Avó, Compôs, Bangalô;




Também, Porém, Além, Amém, Ninguém, Parabéns, Vinténs,etc.


Paroxítonas: Acentuamos todas as paroxítonas terminadas em:

R: Mártir, caráter, néctar;

L: Fácil, difícil, amável;

N: Elétron, hífen, Éden;

X: Félix, látex, tórax, córtex;

I(S): Táxi, Ísis, safári, lápis;

Us: Vírus, ônus, bônus, Vênus;

Um, uns: álbum, álbuns, quórum;

Ons: nêutrons, prótons, íons;

Ps: Bíceps, tríceps, fórceps;

ÃO(S): Órfão, órgãos, bênção;

Ã(S): ímã, órfãs.

Acentuamos também todas as paroxítonas terminadas em ditongos:

Ex.: Convênio, presidência, água, família, competência, ciência,etc.


Proparoxítonas: Todas as proparoxítonas são acentuadas na Língua Portuguesa.

Ex.: Música, Sábado, bêbado, lâmpada, único, código, cálice, Física, etc.



domingo, 22 de novembro de 2009

Língua - Sílaba Tônica - Oxítonas,paroxítonas e proparoxítonas.

Sílaba Tônica:

A sílaba tônica de uma palavra é aquela que apresenta maior peso em sua pronúncia, isto é, a sílaba mais alta ou mais forte da palavra. Não podemos confundir essa definição com a maior duração de sons de um termo, por exemplo: ao pronunciarmos a palavra amor. A sílaba A parece ter maior duração, porém, a sílaba mais alta, forte, é MOR. Quando uma sílaba é acentuada já nos facilita a percepção, pois o acento serve também para demarcar a sílaba tônica de um termo (mais adiante veremos acentuação gráfica).
Observe os exemplos:

EX.: Saúde: sa-ú-de.

Lápis:-pis.

Amor: a-mor.

Castelo: cas-te-lo.

Martelo: mar-te-lo.



Note que algumas palavras parecem ter um acento fantasma, caso de martelo, castelo, essas palavras também são fáceis de demarcarmos a sílaba tônica; Quanto aos termos que não apresentam um acento fantasma em sua pronúncia devemos analisar a sílaba de presença mais forte ou mais alta.


Classificação da Sílaba Tônica:


As palavras são classificadas de acordo com a posição da sílaba tônica. Os termos podem ser oxítonas, paroxítonas ou proparoxítonas.

Oxítonas: As oxítonas caracterizam-se por apresentar a sílaba tônica na última sílaba da palavra.

Ex.: Mar, Maracu, Vata, ci, ca, Radar, parabéns, etc.


Paroxítonas: Caracterizam-se pela presença da sílaba tônica na penúltima sílaba da palavra.

Ex.: xi, nis, pis, lix, ceps, Oca, índio, Caneta, moto, etc.

Proparoxítonas: São os termos que apresentam a sílaba tônica na antepenúltima sílaba da divisão silábica.

Ex.:
sica, bado, sica, tira, Química, etc.

sábado, 21 de novembro de 2009

Língua - Termos essenciais da oração - Sujeito e Predicado.

Caracterizamos como sujeito na Língua Portuguesa o ser ou objeto que pratica ação em uma oração.

Ex.: O Brasil é um grande país.

Meu time venceu o jogo com facilidade.


Os alunos
estudaram muito para a prova.

Note que o sujeito sempre refere o ser ou o objeto que pratica uma ação na oração, sendo assim, podemos descobrir o sujeito encontrando primeiramente o verbo na oração e após perguntando-lhe quem ou o quê.

O que é um grande país? O Brasil.
Quem venceu o jogo com facilidade? Meu time.
Quem estudou muito para a prova? Os alunos.

O predicado dá-se por tudo que diz respeito ao sujeito ou tudo que se fala do sujeito.

Ex.: O Brasil
é um grande país.

Meu time
venceu o jogo com facilidade.

Os alunos
estudaram muito para a prova.


Núcleo do Sujeito:

Para classificarmos o sujeito de uma oração torna-se essencial a discernimento sobre o núcleo do mesmo, ou seja, para que se classifique o sujeito é preciso saber o que é um núcleo.
O núcleo é aquele termo ou termos que são de extrema importância para o entendimento da oração, isto é, os termos que são essenciais ao sujeito para que a oração tenha sentido.


Ex.: O Brasil é um grande país.


Brasil é o núcleo, pois é o termo que se torna fundamental na oração.



Meu time venceu o jogo.
Time é o núcleo, pois também dá o entendimento ao sujeito.

Os alunos estudaram muito para a prova.
Alunos vem a ser o núcleo, pois dá sentido ao sujeito da oração.

Classificação do Sujeito:

Classificamos o sujeito de uma oração como simples, composto, oculto, indeterminado ou inexistente.

Sujeito Simples: O sujeito simples apresenta a característica de ser formado por apenas um núcleo.

Ex.: O presidente foi ao encontro das autoridades de Estado na Europa.

O presidente forma o sujeito da oração, mas presidente é o núcleo por ser o termo sem o qual não teríamos o entendimento da oração quanto ao seu sujeito. Assim: sujeito simples.

Os pássaros voam.

Podemos notar que mesmo o termo demarcando plural,ou seja,mais de um ser, o sujeito é simples se apenas um termo for o núcleo.


Sujeito Composto: O sujeito composto por dois ou mais núcleos.

Ex.: Appio e Roberto foram ao parque domingo comer algodão doce.

Brasil e Argentina são países rivais dentro das quatro linhas.

Sujeito Indeterminado: Como diz o termo indeterminado, existe sujeito, mas não é possível determinarmos quem é o ser que pratica a ação.

Ex.: Chegou atrasado à reunião.

Estudou muito para o teste.

Foi ao cinema assistir ao filme.

Nos três exemplos podemos verificar que não aparece escrito o sujeito na oração, isto é, ele existe, mas fica posicionado antes do verbo. Nesse caso podemos ver a possibilidade quanto o encaixe do termo Alguém, se for possível caracterizamos o sujeito como indeterminado.
Existem outros pronomes pessoais que identificam esse tipo de sujeito, mas torna-se mais fácil a verificação através desse processo.


Sujeito Oculto: Do mesmo modo que no sujeito indeterminado, no sujeito oculto o ser que pratica a ação fica escondido, dai o nome oculto.

Ex.: Foram ao cinema assistir ao filme.

Jogaram bem, mas não foi possível uma maior goleada.

Cantaram durante à noite toda aquela canção que todos conheciam.

Podemos notar nos exemplos que há possibilidade de encaixarmos pronomes pessoais: eles, elas, nós, vós, tu, eu. Dessa forma podemos identificar o sujeito oculto.


Sujeito Inexistente: Esse tipo de sujeito também é chamado de oração sem sujeito em algumas gramáticas, mas a forma mais comum quanto ao nome é inexistente. Existem duas características marcantes para a sua identificação:

Quando existe verbo que personifique um fenômeno da natureza.

Ex.: Geou em Canela ontem durante a tarde.

Trovejou durante à noite.

Nevou em Gramado.


Note que em todos os casos o verbo indica um fenômeno da natureza ligado ao clima.

Verbo Haver no sentido de existir:

Há cinco livros na estante.

Havia muitos carros no engarrafamento devido ao tráfego intenso de veículos.

Língua - SUJEITO - Partícula apassivadora, Transformação: voz passiva.

• Sujeito indeterminado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem reconhecer que: - existe um elemento ao qual o predicado se refere, mas - não é possível identificar quem é, nem quantos são esses elementos.
Exemplo: Chegaram da festa tarde demais.
Há duas maneiras de se indeterminar o sujeito:
- pode-se colocar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a nenhum antecedente; Exemplo: Dizem péssimas coisas sobre você.
- justapondo-se o pronome se – índice de indeterminação do sujeito – ao verbo na terceira pessoa do singular.
Exemplo: Precisa-se de balconista.
* Quando o verbo está na terceira pessoa do plural, fazendo referência a elementos antecedentes, o sujeito classifica-se como determinado.
Exemplo: A sua família não te respeita. Dizem péssimas coisas sobre você.
* É preciso não confundir a classificação do sujeito em frases aparentemente equivalentes como as que seguem:
Exemplos: Discutiu-se o fato. Discordou-se do fato.
Na primeira, o sujeito é determinado; na segunda é indeterminado. Para compreender a diferença entre um caso e outro, é preciso levar em conta que o pronome se pode funcionar como:
Partícula apassivadora: nesse caso, sempre há na frase um sujeito determinado;
Índice de indeterminação do sujeito: nesse caso, o sujeito é indeterminado. Se – Partícula apassivadora Quando o pronome se funciona como partícula apassivadora, ocorre a seguinte estrutura:
• Verbo na terceira pessoa (singular e plural) • Pronome se;
• Um substantivo (ou palavra equivalente) não precedido de preposição;
• É possível a transformação na voz passiva com o verbo ser (voz passiva analítica).

Exemplo: Contou-se a história.
verbo na 3ª pessoa
pronome
substantivo sem preposição.

Transformação:
Foi contada a história.
voz passiva analítica (com o verbo ser)

A análise da frase anterior será então a seguinte:
Contou-se a história.
Voz passiva sintética ou pronominal
partícula apassivadora
sujeito determinado simples


Se – Índice de indeterminação do sujeito Quando o pronome se funciona como índice de indeterminação do sujeito, ocorre esta estrutura:
• Verbo na terceira pessoa do singular;
• Pronome se;
• Não ocorre um substantivo sem preposição que possa ser colocado como sujeito do verbo na voz passiva analítica.
Exemplo:


Falou-se da história.
verbo na 3ª pessoa do singular
pronome
substantivo com preposição.

Transformação na voz passiva analítica – não é possível. A frase terá então a seguinte análise:
? falou se da história
sujeito indeterminado
verbo na voz ativa
índice de indeterminação do sujeito
objeto.

Resumão:

Sujeito inexistente: ocorre quando simplesmente não existe elemento ao qual o predicado se refere.
Exemplo: Choveu durante o dia.
O verbo que não tem sujeito chama-se impessoal e os verbos impessoais mais comuns são os seguintes: - haver: no sentido de existir, acontecer e na indicação de tempo passado. Exemplo: Houve poucas reclamações.
- fazer: na indicação de tempo passado e de fenômenos da natureza. Exemplo: Faz dois anos que te perdi.
- ser: na indicação de tempo e distância. Exemplo: É dia.
- todos os verbos que indicam fenômenos da natureza; Exemplo: Nevou durante a madrugada. Choveu muito durante o dia.

Língua - Frase, oração e período:

Frase:

Em nossa língua denominamos frase como a menor unidade gramatical, ou seja, qualquer palavra que denote alguma ideia de sentido:

Ex.: fogo, bola, poste, porta, saída, dragão etc.

Em suma, qualquer palavra que pronunciamos e que apresenta algum sentido denomina-se como uma frase.


Oração:

Oração dá-se por uma ideia ligada a um verbo em seu desenvolvimento.

Ex.: A menina caiu do balanço.

A bola foi chutada em direção ao gol pelo jogador.

Paula subiu rapidamente a escada.



Notamos grafados os verbos, assim , percebemos que uma oração necessita de um verbo para que seja assim denominada: uma ideia ligada a um verbo.


Período:

Chamamos de período uma ideia levada até o ponto.

Ex.: Paula subiu rapidamente a escada.

O ponto caracteriza o final de um período, devido a isso, quanto há um sinal de pontuação indicando que ainda falta uma ideia a ser colocada não é caracterizado um período. Então, se tivéssemos a mesma ideia, porém com um ponto de interrogação ao final, não teríamos um período.

Ex.: Paula subiu rapidamente a escada?


Os períodos classificam-se em dois tipos:




Período Simples:

Chamamos de período simples sempre que houver apenas uma oração.

Ex.: Os lutadores fizeram uma boa luta.




O golpe foi fatal.
Um dos lutadores venceu a luta.


Notamos que nos três exemplos existe apenas uma oração compondo a ideia.


Período Composto:


O período composto caracteriza-se por ser formado por duas ou mais orações até o encerramento da ideia, ou seja, até o ponto de encerramento.


Ex.: Os lutadores fizeram uma boa luta, mas ao final apenas um saiu vencedor.

Tenho certeza: amo você.

A menina caiu do balanço, machucou o braço.

Note que em todos os exemplos existe mais de uma oração até o ponto encerrando a ideia. Podemos assim observar que os sinais de pontuação servem também,em nossa língua, com fim a separar uma oração de outra.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Literatura - Canção do exílio (Gonçalves Dias).

"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."

Interpretação:
Gonçalves Dias escreveu o poema quando estava em Portugal, daí o nome : canção do exílio. O poema faz uma exaltação à natureza brasileira com as devidas características da primeira geração romântica: valorização da natureza,indianianismo e nacionalismo.
O poeta exalta as qualidades de nosso país, realizando uma comparação entre o Brasil e o país onde estava: Portugal.
É possível notar que Gonçalves Dias mostra um certo descontentamento com a visão tida pelos portugueses em relação ao nosso território, por isso nessa comparação o autor relata sobre as belezas de nossa terra e transcreve que a vida aqui é melhor, pois há mais felicidade em nossas vidas, nossa natureza é mais vívida, nosso ceu mais límpido,nossa fauna e flora mais celestiais.
O poema trata com verdadeiro nacionalismo
, patriotismo e amor nosso país.

domingo, 1 de novembro de 2009

Língua - Acordo Ortográfico - Terceira parte: O Alfabeto.

Bem...já vimos o que muda na Língua Portuguesa em relação ao uso do trema e do hífen ( acordo ortográfico, parte I e II), assim como o porquê das novas regras e do acordo entre os países da Língua Portuguesa. Agora veremos o que modifica em relação ao alfabeto....na quarta e última parte será abordada a nova acentuação.

O alfabeto da Língua Portuguesa passa de 23 letras a ter novamente 26 , pois de acordo com o acordo são reintroduzidas as letras: K, W ,Y.

Então: A,B,C,D,E,F,G,H,I,J,K,L,M,N,O,P,Q,R,S,T,U,V,W,X,Y,Z.

Na verdade essas letras permaneciam na maioria de nossos dicionários, sendo utilizadas em unidades de medida: W (watt), Km ( quilômetro), Kg (quilograma), bem como em nomes e derivações estrangeiras: playboy, Kung Fu, Kafka, Kaiser, show, playground, windsurf,etc.

Continua...em quatro partes.

sábado, 31 de outubro de 2009

Caso da Loira de minivestido

Não posso deixar de escrever sobre o caso absurdo ocorrido na faculdade Bandeirantes,no ABC Paulista.A menina que foi de minivestido para a aula e teve que sair escoltada pela polícia, pois milhares de estudantes,tanto homens como mulheres, xingavam , ameaçavam de estupro, o celular por baixo do vestido da menina para tirar fotos....poxa, em plena universidade isso, bando de animais...indignos de frequentar uma universidade,pois o certo seria frequentarem um "zoo". Aqui em Poa é normal vermos nas universidades meninas trajando vestidos, saias, minissaias, mas nosso povo parece civilizado...não falo mal de paulistas, pois prezo esse grande estado e sei que suas universidades são ótimas instituições de ensino.....e nada têm com o intuito medieval de alguns alunos. Só espero que esses notem que estão em uma universidade e comecem a agir como tal...cresçam,evoluam...

domingo, 25 de outubro de 2009

Língua - Transitividade Verbal- objeto direto, indireto:

Como vimos no "post" anterior, alguns verbos possuem sentido completo,enquanto outros não. A transitividade verbal tem como estudo esse elemento: os verbos que necessitam de complemento são chamados transitivos; verbos que não necessitam de complemento são denominados: intransitivos.

Verbos Intransitivos (V.I.):

São os verbos que não necessitam de complemento por apresentarem um sentido completo.

ex.: Os alunos estudam.
O professor chegou.
O bebê nasceu.

Note que é possível acrescentar um complemento, pois todo o verbo pode receber um, mas não é necessário no caso do verbo ser intransitivo.

Os alunos estudam para a prova. O professor chegou antes do sinal. O bebê nasceu prematuro.

Verbos Transitivos (V.T.):

São assim chamados os verbos que necessitam de complemento, pois não apresentam sentido sem esse. A esse complemento damos o nome de objeto ( direto quando colocado sem o auxílio de uma preposição e indireto quando utiliza preposição).

Verbos Transitivos Diretos ( V.T.D.):

Nominamos desse modo aqueles verbos que necessitam de complemento sem o auxílio de uma preposição, ou seja, utilizam um objeto direto como complemento.

ex.: A avó agradou o neto.
Todos falavam alto demais.
Minha equipe venceu o campeonato brasileiro.

Nos três exemplos o verbo não apresenta uma preposição no complemento, portanto, objeto direto após o verbo.


Verbos Transitivos Indiretos (V.T.I.):

São os verbos que necessitam de complemento com o auxílio de uma preposição, portanto, objeto indireto.

ex.: O novo projeto econômico não agradou ao povo.
Todos falavam de ti.
todos gostam de música.

O mesmo verbo pode agir como transitivo direto em uma oração e ser transitivo indireto em outra. Isso ocorre de acordo com o objeto colocado e a sua necessidade quanto à regência.

Verbos Transitivos Diretos e Indiretos ( V.T.D.I.):

São os verbos que apresentam mais de um complemento. Um com objeto direto e outro com objeto indireto.

ex.: Agradeci a ela o convite.
Chamei o menino à atenção, pois estava conversando durante a aula.
Entregou flores à secretária.

Os casos acima mostram verbos com um complemento utilizando preposição ( objeto indireto) e outro sem preposição (objeto direto).

sábado, 24 de outubro de 2009

Língua - Regência verbal e nominal - curiosidades:

A regência trata das relações existentes entre os termos em uma frase, ou seja, estuda a dependência entre as palavras. Toda frase apresenta termo regente e termo ou termos regidos.

Termos regentes Termos regidos

Agradar a o filho.
Chamar o filho.
Amor a o próximo.

Na Língua Portuguesa essa relação entre termo regido e termo regente é indicada pelo uso das preposições.

Regência Nominal:

Quando termo regente é um nome temos a regência nominal ( substantivo, adjetivo, advérbio).

Horror a Buenos Aires.
Natural de Buenos Aires.
Um dia em Buenos Aires.

Nos casos em que os nomes não apresentam um sentido completo é necessário complemento, assim o significado do nome transita para o complemento estabelecendo uma relação entre regente e regido que é medida por uma preposição.

Note algumas regências:

acessível a
ávido de, por
entendido em
equivalente a
fácil de
firme em
grato a
gosto por

Regência Verbal:

Refere ao estudo dos verbos quanto à necessidade e ao tipo de complemento exigido, nesse caso o termo regente na oração é um verbo e não um nome.

Chegamos a Buenos Aires.
Estamos em Buenos Aires.
Simpatizamos com Buenos Aires.

Alguns verbos, por expressarem uma ideia completa, não exigem complemento. São os verbos Intransitivos( assunto que será tratado logo mais)

Os jovens estudam.
O menino dormiu.
As crianças brincam.

Há também os verbos de ligação: ser,estar,ficar,andar,permanecer,parecer,etc.

Outros verbos não têm sentido completo, exigem complemento (objeto direto, objeto indireto). São os verbos transitivos( assunto que será abordado logo mais):

Meu pai comprou um sítio.
verbo O.D.

As crianças gostam de desenhos animados.
verbo O.I.

Observe que no primeiro caso a ligação entre o verbo e seu complemento dá-se diretamente, ou seja, verbo transitivo direto e objeto direto; no segundo caso temos o uso de preposição entre o verbo e o complemento, logo: verbo transitivo indireto e objeto indireto.

Algumas regências:

verbo ASSISTIR:

No sentido de presenciar, ser espectador, pede objeto indireto:

Assistimos ao filme ontem. Assisti a um ótimo filme.

No sentido de dar auxílio, ajudar, pede objeto direto:

O médico assiste o paciente. O escoteiro assistiu o senhor.

Obs.: notamos assim que o uso do verbo assistir sem preposição é errado no caso de presenciar. Ouvimos esse erro frequentemente: assisti o filme ( você ajudou, deu auxílio ao filme? )

Agradar:

No sentido de satisfazer, pede objeto indireto, ou seja, preposição entre o verbo e o complemento:

A nova lei não agradou ao público.

No sentido de dar carinho,afago, pede objeto direto, opu seja, sem o uso de preposição entre verbo e complemento:

A avó agradou o neto.

NÃO DEVEMOS DAR A DOIS VERBOS DE REGÊNCIA DIFERENTE O MESMO COMPLEMENTO:

ex.: entrar em e sair de:

ERRADO: O aluno entrava e saía da sala repetidas vezes.
CERTO: O aluno entrava na sala e saía dela repetidas vezes.

COM VERBOS DE MOVIMENTO ( IR,VIR, COMPARECER,VOLTAR, CAIR) EMPREGA-SE A PREPOSIÇÃO A E NÃO EM.

ERRADO: Caiu no chão.
CERTO: Caiu ao chão.

ERRADO: Vou na casa de um amigo.
CERTO: Vou à casa de um amigo.

ERRADO: Cheguei no aeroporto.
CERTO: Cheguei ao aeroporto.

Preferir: prefere-se uma a outra:

Prefiro a democracia ao totalitarismo.
Todos preferem elogio à censura.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Língua - Uso dos porquês:

Na Língua Portuguesa há quatro (4) maneiras quanto ao uso do porquê: por que , porque, porquê, porquê.Frequentemente as pessoas falam em dificuldade na aplicação desse termo, mas é simples, vamos lá:

Por que: utilizamos em início de frase ou oração e quando é possível a substituição pelas expressões: pela qual, pelas quais, pelo qual,pelos quais, indicando motivo ou razão ou em sentido de deslocamento.

ex.: o avião por que fui a São Paulo era novo.
por que chegaste agora?
O trabalho por que sou remunerado é maravilhoso.

Porque: em afirmações.

ex.: estudo porque quero evoluir sempre.
Cheguei atrasado porque estava confuso o trânsito.

Obs.: notamos que às vezes a maneira como é escrito o porquê dá diferente interpretação ao que é colocado, se for junto e sem acento pode estar se afirmando algo e separado sem acento pode estar explicando o motivo de algo.

Porquê: quando for substantivado, ou melhor, quando aparecer após: o,os,do,dos.

ex.: Os filósofos estudam os porquês da vida.
Gostaria de saber o porquê da confusão.
Estudo dos porquês.

Por quê: utilizamos em final de frase ou oração.

ex.: Sei por quê.
sabes por quê ?

domingo, 18 de outubro de 2009

Língua - Ortografia de palavras do nosso dia a dia e curiosidades - parte I:

Durante o nosso dia a dia ( dia a dia sem hífen representa um dia após o outro,enquanto dia-a-dia com o uso do hífen remete a um dia inteiro do momento em que acordamos ao instante em vamos dormir) vemos uma série de "errinhos" em alguns termos grafados ou pronunciados. Aqui início a série ortografia e curiosidades,heeee...
A bola "picou"...lembre-se: a bola não "pica",mas sim "quica". Picar significa cortar enquanto quicar veio do ruído feito pela mesma ao bater no solo. A forma correta: a bola quicou na área antes do centroavante marcar o gol.
O termo gorjeta é escrito com "J" por que vem de gorja, que significa "garganta". A relação do termo ao seu uso vem do hábito primitivo de se gratificar uma pessoa pelo seu serviço com uma pequena quantidade em dinheiro ou com um pouco de bebida,apenas para "molhar a garganta".
Maquilagem/maquiagem ou maquiage: Tanto podemos utilizar maquilagem como maquiagem: maquilagem vem do francês maquillage, depois aportuguesada,pois em nossa língua não existe o uso de dois "L'" ,assim como o final age em substantivos,sendo acrescentado o "m". Basta notarmos: bobagem, hospedagem,etc. A forma maquiage no português está sempre errada.
Geada não cai, mas sim a neve. Devemos utilizar geou ontem, vai gear na madrugada, etc.
Obrigado/ obrigada: os homens devem sempre dizer obrigado em qualquer ocasião, assim como as mulheres sempre obrigada. Aguardem mais ...

sábado, 17 de outubro de 2009

Literatura, resumo - Capitães de Areia (Jorge Amado):

Os Capitães da Areia é um grupo de meninos de rua. O livro é dividido em três partes. Antes delas, no entanto, via uma sequência de pseudo- reportagens, explica-se que os Capitães da Areia é um grupo de menores abandonados e marginalizados, que aterrorizam Salvador. Os únicos que se relacionam com eles são Padre José Pedro e uma mãe-de-santo. O Reformatório é um antro de crueldades, e a polícia os caçam como os adultos antes do tempo que são. A primeira parte em si, "Sob a lua, num velho trapiche abandonado" conta algumas histórias quase independentes sobre alguns dos principais Capitães da Areia (o grupo chegava a quase cem, morando num trapiche abandonado, mas tinha líderes). Pedro Bala, o líder, de longos cabelos loiros e uma cicatriz no rosto, uma espécie de pai para os garotos, mesmo sendo tão jovem quanto os outros, e depois descobre ser filho de um líder sindical morto durante uma greve; Volta Seca, afilhado de Lampião, que tem ódio das autoridades e o desejo de se tornar cangaceiro; Professor, que lê e desenha vorazmente, sendo muito talentoso; Gato, que com seu jeito malandro acaba conquistando uma prostituta, Dalva; Sem- Pernas, o garoto coxo que serve de espião se fingindo de órfão desamparado (e numa das casas que vai é bem acolhido, mas trai a família ainda assim, mesmo sem querer fazê-lo de verdade); João Grande, o "negro bom" como diz Pedro Bala, segundo em comando; Querido- de- Deus, um capoeirista que é só amigo do grupo; e Pirulito, que em grande fervor religioso. O ápice da primeira parte vem em duas partes: quando os meninos se envolvem com um carrossel mambembe que chegou na cidade, e exercem sua meninez; e quando a varíola ataca a cidade e acaba matando um deles, mesmo com Padre José Pedro tentando ajudá-los e se encrencando por isso. A segunda parte, "Noite da Grande Paz, da Grande Paz dos teus olhos", surge uma história de amor quando a menina Dora torna-se a primeira "Capitã da Areia", e mesmo que inicialmente os garotos tentem tomá-la a força, ela se torna como mãe e irmã para todos. (O homossexualismo é comum no grupo, mesmo que em dado momento Pedro Bala tente impedi-lo de continuar, e todos eles costumam "derrubar negrinhas" na orla.) Mas Professor e Pedro bala se apaixonam por ela, e Dora se apaixona por Pedro Bala. Quando Pedro e ela são capturados (ela em pouco tempo passa a roubar como um dos meninos), eles são muito castigados, respectivamente no Reformatório e no Orfanato. Quando escapam, muito enfraquecidos, se amam pela primeira vez na praia e ela morre, marcando o começo do fim para os principais membros do grupo. "Canção da Bahia, Canção da Liberdade", a terceira parte, vai nos mostrando a desintegração dos líderes. Sem-Pernas se mata antes de ser capturado pela polícia que odeia; Professor parte para o RJ para se tornar um pintor de sucesso, entristecido coma morte de Dora; Gato se torna uma malandro de verdade, abandonando eventualmente sua amante Dalva, e passando por ilhéus; Pirulito se torna frade; Padre José Pedro finalmente consegue uma paróquia no interior, e vai para lá ajudar os desgarrados do rebanho do Sertão; Volta Seca se torna um cangaceiro do grupo de Lampião e mata mais de 60 soldados antes de ser capturado e condenado; João Grande torna-se marinheiro; Querido-de-Deus continua sua vida de capoeirista e malandro; Pedro Bala, cada vez mais fascinado com as histórias de seu pai sindicalista, vai se envolvendo com os doqueiros e finalmente os Capitães da Areia ajudam numa greve. Pedro Bala abandona a liderança do grupo, mas antes os transforma numa espécie de grupo de choque. Assim Pedro Bala deixa de ser o líder dos Capitães da Areia e se torna um líder revolucionário comunista. Este livro foi escrito na primeira fase da carreira de Jorge Amado, e nota-se grandes preocupações sociais. As autoridades e o clero são sempre retratados como opressores (Padre José Pedro é uma exceção mas nem tanto; antes de ser um bom padre foi um operário), cruéis e responsáveis pelos males. Os Capitães de Areia são heróicos, "Robin Hood"'s que tiram dos ricos e guardam para si (os pobres). O Comunismo é mostrado como algo bom, e o Padre José Pedro tem dúvidas quanto a posição da Igreja quanto ao assunto. No geral, as preocupações sociais dominam, mas os problemas existenciais dos garotos os transforma em personagens únicos e corajosos, corajosos Capitães da Areia de Salvador.

Literatura e Sociedade...Atualidade.

A Literatura é uma das formas mais próximas de um indivíduo para que esse cresça em sua intelectualidade e cultura. Através dos livros nos é possível adquirir conhecimento e cultura sobre qualquer época ou lugar em nosso mundo, devido a isso podemos dizer que a Literatura caminha lado a lado com a história, pois, através dos livros os autores mostram vários aspectos de um povo, nação ou continente.



A Literatura e a Atualidade


Uma viagem cultural: esta é uma das melhores definições que podemos dar ao termo Literatura. Adentrando a uma obra literária um ser pode viajar pelas mais diversas épocas e enredar-se nos mais diversos e importantes acontecimentos de nossa história. Hoje em dia, uma pessoa pode saber dados culturais de qualquer lugar no mundo usando como instrumento um livro. E isso lendo obras literárias de qualquer gênero e não precisamente um guia de viagens, como isso se dá? Um escritor atua de forma a informar o leitor, isto é, mesmo meio a uma obra totalmente fictícia vários dados reais sobre os costumes ou folclores do local onde se passa a história são verídicos. Mesmo em um enredo de fantasia (Senhor dos Anéis, por exemplo, o autor tem como objetivo causar reflexões de algum ponto no leitor sobre os acontecimentos da sociedade, No livro o autor cria um mundo onde várias raças se unem para por fim ao mal, querendo realizar uma comparação ao fato da discriminação racial na época ser um fator latente para o atraso do mundo) o autor apresenta dados reais supostos a sua sociedade ou momento vivido.
Assim, concluímos que a Literatura funciona como um instrumento de informação, reflexão ou protesto contra a sociedade em que vivemos. A Literatura está presente em nossa vida no dia a dia mesmo que muitas vezes não percebamos esse fato.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Língua - Quando usar: ONDE/AONDE, EM VEZ DE /AO INVÉS DE, MAL/MAU...

Diariamente enfrentamos certas dúvidas em relação ao uso de certos termos na Língua Portuguesa,tanto na fala como na escrita. Isso é quase geral, ouço todos os dias alguns termos mal ( com 'L', heheheh) empregados, mas alguns erros frequentes (agora sem trema,não esqueça) são fáceis quanto ao uso correto, vejamos:

ONDE/AONDE:

ONDE: utilizamos onde ao referir endereços,localidades, lugares concretos...

Ex.: ONDE estaciono meu carro?
ONDE tu moras?
ONDE pensas que vais a uma hora dessas?
Sei ONDE quero chegar seguindo esse desvio.

AONDE: utilizamos para referir sentido abstrato, imaginário,etc.

Ex.: AONDE estás com a cabeça ?
AONDE tu pretendes chegar com essa atitude...
Meu coração está AONDE tu estás.

OBS.: Assim, na música do grupo Cidade Negra, intitulada "Aonde você mora" há uma oração que diz:

"...aonde você mora..." o uso nessa oração está errado, pois refere endereço ou localidade, portanto o correto seria: ONDE VOCÊ MORA.


EM VEZ DE / AO INVÉS DE :

EM VEZ DE: essa expressão pode ser utilizada em qualquer caso de comparação ou alternativa.

Ex.: Leia um bom livro EM VEZ DE assistir a esse programa ruim na TV.
Viajarei à praia EM VEZ DE ir ao evento no final de semana.

AO INVÉS DE: essa expressão deve ser utilizada somente ao referirmos posição antagônica,ou seja, alternativas exatamente contrárias.

Ex.: AO INVÉS DE dormir cedo fiquei acordado até tarde ontem.
Estudei para prova AO INVÉS DE tentar colar dos colegas ( isso é aconselhável,hehehhe...)
Fiquei em casa ontem AO INVÉS DE sair.

OBS.: notamos que somente em casos de ideias opositivas devemos utilizar ao invés de.

MAL/ MAU:

MAL: devemos utilizar somente quando o contrário for BEM.

Ex.: Sua atitude foi MAL interpretada pelos amigos. ( o contrário seria BEM interpretada).
O político foi MAL intencionado. ( o contrário seria BEM, coisa difícil nos políticos,heheh...)
O MAL é sempre vencido pelo BEM.

MAU: é utilizado quando o contrário referir BOM.

Ex.: O lobo MAU tentou comer a vovózinha. ( lobo BOM).
O desempenho da equipe foi MAU. ( BOM).

OBS.: Assim temos: mal-entendido, mal-educado, mau-olhado, Homem mau, etc.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Literatura - A Divina Comédia: análise e resumo.

Um dos livros mais lidos da história entra na lista dos meus preferidos: A Divina Comédia, de Dante Alighieri. O livro narra a história de Dante, que em certo ponto sua vida,desgostoso com a humanidade recebe a oportunidade de fazer uma visita ao inferno,purgatório e paraíso para que possa realizar uma reflexão de como levar sua vida, assim como passar o pensamento para toda a humanidade após sua viagem. Dante escreveu essa obra a fim de que as pessoas pudessem fazer uma reflexão de como levavam suas vidas terrenas, a esse ponto o autor estava profundamente desgostoso com os homens, pois passou a perceber como eram frívolos os interesses materiais e o ponto a que o homem havia chego. Dante sempre foi um fervoroso patriota,amante de seu país,a Itália.Envolvido na política,logo notou o falso interesse dos políticos pela nação e o gosto que os mesmos tinham pelo poder. Escreveu o livro com o objetivo que seus leitores pudessem dar atenção aos reais motivos em que guiavam suas vidas.
A Divina Comédia é divida em três partes: o inferno,o purgatório e o paraíso, nessa o autor relata uma viagem de profunda espiritualidade. Durante a caminhada muitos conceitos são empregados, o autor encontra seres mitológicos e pessoas reais da história pelos círculos em que percorre: pessoas ditas boas estão no inferno e outras apontadas como más aparecem no paraíso a fim de mostrar que o que realmente vale é o ponto interior de cada um e não sua aparência.
Muitos dizem que Dante ingressou em uma viagem espiritual guiada realmente por algo profundo, pois vários conceitos estão como sinais no livro e muitos nem existiam ainda. O inferno é como um julgamento dos pecados do homem na Terra, de acordo com a gravidade dos pecados cometidos a alma é condenada a um círculo mais profundo onde o castigo é pior, ou seja, os pecados são analisados em relação ao mal que causaram; o número de círculos é sete (9), somados ao número um (1) que seria a vida terrena formam dez (10) aonde um (1) mais zero (0) é igual a um (1) número que demarca Deus,criação,princípio de tudo na numerologia. Dante teve o objetivo de fazer com que as pessoas realmente observassem suas vidas,assim como seus atos, vários pensamentos ou conceitos depois adotados em filosofias ou crenças são encontrados no decorrer da história. A forma do inferno, um cone , forma essa adquirida pela queda de Lúcifer do ceu quando Deus jogou neste um raio fazendo -o cair com tamanha força e velocidade até adentrar o centro da Terra.
Sem dúvida alguma é um livro a ser lido, interpretado e absorvido como tema de reflexão e crescimento cultural, literário e até mesmo espiritual, abaixo segue um pequeno resumo.

A Divina Comédia
( Dante Alighieri )
Numa época imprecisa, talvez entre o final do século XIII e início do XIV, o poeta-filósofo Dante Alighieri, estando no meio de sua vida, seguiu por uma selva escular, uma jornada pelo além, transitando entre Inferno, Purgatório e Paraíso. Tinha como objetivo reencontrar sua amada, Beatriz, falecida quando jovem. Foi guiado pelo Inferno e Purgatório, pelo poeta latino Virgílio, autor de "Eneida", falecido há muito. Ambos cruzaram o portal do Inferno, onde Cérbero, o cão-demônio guardião, permanecia. Seguiram e viram o barqueiro Caronte, a receber as almas com uma moeda na boca. Depararam-se com personalidades da Filosofia, Platão, Aristóteles; da Poesia, Sêneca, Horácio, entre outros grande nomes do Pensamento e da Arte, pagãos em vida. Depararam-se com contemporâneos de Dante, notáveis da Arte, Política e Igreja, pessoas que, em vida, não haviam primado pela ética e práticas cristãs. Passaram por demônios horrendos e regiões temerosas do limbo, até chegarem ao Purgatório. Lá, havia almas que aguardavam o lugar para onde iriam, com a esperança de não ser o Inferno. Por fim, chegaram ao Paraíso. Não era permitido a Virgílio entrar, pois fora pagão; o Inferno era seu lugar. Ao final da jornada, Dante fora recebido pela própria Beatriz, seu amor não-consumado, impossível de acontecer no lugar divino. Beatriz era uma santa. Dante contentou-se em vê-la, falar-lhe, ouvir-lhe pronunciar seu nome, e ser guiado pelas paragens celestiais. passando por São Francisco de Assis, entre outros que viveram pelo próximo. Mas Dante não poderia ficar; seu tempo de vida ainda não findara. Teve que regressar, e, com a alma embevecida, teve a certeza primorosa de que é "(...) o amor que move o Sol, como as estrelas (...)".

domingo, 11 de outubro de 2009

Ainda sobre o ENEM ( pérolas)

Algumas coisas escritas por alunos na redação do enem são preocupantes em relação ao rumo tomado pelo ensino no Brasil.Existem palavras que regem uma ortografia um pouco confusa,heeeh...parágrafos sem qualquer sequência de ideias ,coesão e coerência textuais então, melhor nem comentar. Prefiro achar que uns possuem um bom humor digno de roteiros "hollywoodianos" das mais engraçadas comédias. Aqui vão algumas dessas "pérolas":

"...SÃO FORMADAS PELAS BACIAS ESFEROGRÁFICAS..."
(poxa,achava que a BIC fazia canetas apenas e não estruturava à natureza...)

"...EU CONCORDO EM GÊNERO E NÚMERO IGUAL..."
(poxa,nessa eu discordo,heheheh...)

"...VAMOS DEIXAR DE SERMOS EGOÍSTAS E PENSARMOS UM POUCO MAIS EM NÓS MESMOS."
( deveríamos deixar o egoísmo de lado ...isso de ser egoísta e ficar pensando somente nos outros,aff...)

"...O SERO MANO TEM UMA MISSÃO..."
( tem mesmo,às vezes missão de estudar ,ler,hehehe...ao menos missão está com dois "s").

" ENQUANTO ISSO OS ZOUTROS...TUDO BAIXO NIVE..."
( ah...é como naquela música: os zoutros são os zoutros...tu apercebe algum erro? heheh)

"NÃO PRESERVE APENAS O MEIO AMBIENTE,PRESERVE TODO ELE".
( claro, imagina,realmente é uma preocupação sadia, pois só nos preocupamos com a metade dele,né).

"É UM PROBLEMA DE MUITA GRAVIDEZ..."
( .....estava escrevendo sobre a falta de preservativos no mercado?)

"O QUE É DE INTERESSE COLETIVO NEM SEMPRE INTERESSA A NINGUÉM INDIVIDUALMENTE."
( os filósofos são incompreendidos em nossa sociedade,heheheh...)

"O CORAÇÃO É O ÚNICO ÓRGÃO QUE NÃO DEIXA DE FUNCIONAR 24 HORAS POR DIA"
(...em alguns casos é o cérebro...)

"QUANDO UM ANIMAL IRRACIONAL NÃO TEM ÁGUA PARA BEBER, SÓ SOBREVIVE SE FOR EMPALHADO."
( com certeza essa é uma das melhores)

"A INSÔNIA CONSISTE EM DORMIR AO CONTRÁRIO."
( mais um filósofo contemporâneo).

"A DIFERENÇA ENTRE O ROMANTISMO E O REALISMO É QUE OS ROMÂNTICOS ESCREVEM ROMANCES E OS REALISTAS NOS MOSTRAM A REALIDADE."
(é simples assim).

"ANTES DE SER CRIADA A JUSTIÇA TODO MUNDO ERA INJUSTO"
( hum....e antes de ser criado banheiro ninguém fazia suas necessidades).

"A NATUREZA BRASILEIRA SÓ TEM 500 ANOS E JÁ ESTÁ SE ACABANDO"
(...claro,o Brasil era um deserto antes de ser descoberto eu imagino).

"VAMOS MOSTRAR QUE SOMOS SEMELHANTES IGUAIS UNS AOS OUTROS..."
( em alguns casos melhor ser diferente)

"ISSO TUDO É DEVIDO AOS RAIOS ULTRA-VIOLENTOS QUE RECEBEMOS TODO DIA"
( ele deve viver em uma região por demais chuvosa).

Parece brincadeira,mas devemos de fato nos preocupar com isso, pois se os estudantes que prestam exames para uma universidade escrevem dessa maneira o que dirá do resto da população? heheheh.....está na hora de nossos políticos realmente avistarem os probelmas maiores de nosso Brasil.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Roubo das provas do Enem

Assisti a uma palestra com um dos organizadores do Enem. Nessa ele dissertou sobre o exame e todos os seus aspectos gerais utilizando uma enorme massa de adjetivos da Língua Portuguesa, como se o Enem fosse resolver todos os problemas de educação do Brasil, inclusive falou nas questões de segurança que envolviam a prova...
...pelo que o palestrante deixou claro o acesso era quase montado como um esquema digno de F.B.I, C.I.A., K.G.B.Ora, depois do roubo das provas fico até pensando se o Enem realmente melhora ou não o acesso a uma universidade,pois roubar uma prova da URFGS parece ser mais difícil....e já conhecemos questões envolvendo a organização de certos concursos públicos...toma jeito Brasil.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Só o conhecimento te faz ser dono de seu caminho:

Fico boquiaberto com o orgulho que alguns brasileiros têm ao falar do "jeitinho brasileiro"...enchem a boca e os olhos saltam para fora quando falam da "malandragem tupiniquim", ora...está mais que na hora de deletarmos essa "descultura". Não existe jeitinho brasileiro,existe corrupção no Brasil,existe o desuso da cultura em nosso país, nossos jovens parecem cada vez mais preocupados com festinhas, em usar a correntona no pescoço ou utilizar expressões que lá fora são mais velhas que andar pra frente.Como educador luto pela abosorvição do conhecimento, daí quando falo em aula sobre isso um aluno indaga:- mas pra ser presidente nem estudo precisa ,então por que eu vou estudar? então eu digo: - estude para guiar e não ser guiado,não ser um fantoche na mão dos outros. Nada contra nosso estimado presidente, não escrevo aqui sobre política,mas sim sobre cultura e Língua...acho que liderança se tem e não se aprende e isso ele demonstra em muitos aspectos...estou aqui dissertando sobre o fato da cultura não ser moda entre nossos adolescentes, muitos não pensam no futuro,acham que a vida é somente o agora e o conhecimento é um "saco". Estou aqui para dizer a estes que o conhecimento é tudo, pois nem as gurias ou os guris irão dar atenção a vocês em um breve futuro se o corpo for belo,mas a cabeça oca.
Tudo bem, assistam os programas que nada te acrescentam,leiam as besteiras da net que nada valem,afinal,nós devemos ter momentos de "nadismo", isso é fundamental para a qualidade de vida também...eu não assisto somente programas inteligentes ou leio apenas livros intelectuais, como todo ser normal acho que faz parte de nossa existência rirmos da maior besteira, brincarmos como na infância,somos humanos.Mas, procure ser mais , não melhor ,apenas mais,sempre mais...leia um livro a cada três meses que seja,assista um programa inteligente por semana na televisão,leia sobre política no jornal nem que só no final de semana,acesse um site cultural uma vez ao dia e leia um parágrafo sobre qualquer item que considere intelectual,aprenda uma palavra nova de nosso idioma a cada dois dias e a use em suas conversas,passe adiante...
Seja o dono de seu caminho e assim possa fazer escolhas no futuro, não deixe a vida te levar(isso só fica bonito em poesia ou música), guie tu a tua vida,mas para isso aprenda,busque,somente assim poderás fazer isso, o maior e único poder real que ninguém pode tirar de você é sua cultura e seu conhecimento.

domingo, 27 de setembro de 2009

Língua - Dígrafos Vocálicos e Consonantais:

Continuando a série revisão para a prova,heheheheh...vamos aos dígrafos( assunto fácil,mas se tu perguntares por aí o que é muitos nem fazem ideia - lembrando que ideia agora é sem acento).
Dígrafo refere a som e grafia, isto é, duas letras que formam um único som. Assim, temos o dígrafo vocálico e o consonantal.

Dígrafo Consonantal: Ocorre quando temos duas consoantes que formam um som: nh, ss,rr, sc,sç,xc,lh...

Ex.: Milho, palhaço, naa, nascer, exceção, assado, carro...observe que quando pronunciamos esses termos as consoantes grifadas apresentam apenas um som, estejam ou não na mesma sílaba.

Dígrafo Vocálico: O dígrafo vocálico não se dá por duas vogais,mas uma vogal seguida de M ou N, desde que a sílaba inicie pela vogal.Assim, pode aparecer no início de um termo ou não.

Ex.: Ontem, antes, entrega,empresa, índio, umbú. ciência...quando uma vogal é seguida de M ou N é possível notar que a consoante apenas dá o efeito de esticar o som da vogal, tanto que não é possível saber se é M ou N , notamos apenas pelas regras( antes de P e B usa-se M e talz...).

sábado, 26 de setembro de 2009

Língua - Encontros Consonantais:

Os encontros consonantais se dão de acordo com a posição das consoantes na divisão silábica de um termo. Os encontros consonantais podem ser perfeitos e imperfeitos.

Encontro Consonantal Perfeito ( E.C.P.): Ocorre quando duas consoantes ficam lado a lado na mesma sílaba.
Ex.: Prato: pra-to, palhoça: pa-lho-ça, Imigrante: i-mi-gran-te. Notamos que na palavra prato o P e o R ficam na mesma sílaba, assim como o L e o H em palhoça...a isso dá-se o nome de Encontro Consonantal Perfeito.

Encontro Consonantal Imperfeito( E.C.I.): Dá-se quando na separação das sílabas de um termo duas consoantes ficam separadas pela divisão, assim como um hiato nos encontros vocálicos.
Ex.: Imigrante: i-mi-gran-te, entrega: en-tre-ga, importante: im-por-tan-te.

Note que algumas consoantes sempre formarão um E.C.P., pois nunca ficam separadas em divisão de sílabas: pr, bl, lh, nh, tr; enquanto outra sempre formarão um E.C.I.: nt, mp, xc, ss, rr, etc. Ou seja, nunca ficarão agrupadas lado a lado na mesma sílaba.

Língua - Encontros Vocálicos:Hiato, Ditongo e Tritongo.

A pedido de alguns alunos meus irei postar esse tópico,aliás,é assunto da prova da semana que vem,heheheh.....
Bom, encontros vocálicos referem a posição das vogais em uma separação silábica, isto é, se ficam juntas na mesma sílaba lado a lado ou separadas. Quando ocorre da separação silábica de um termo identificar duas vogais separadas pela barra de divisão temos um HIATO.

Ex.: saúde: sa-ú-de, saída: sa-í-da, Baú: ba-ú, etc. Note que as vogais a e u ficam separadas em saúde, já no termo saída o a e i ficam da mesma forma, como em baú, a e u separados...a essa característica damos o nome de hiato.

O Ditongo é identificado pela presença de duas vogais lado a lado na mesma sílaba, quando isso acontece uma das vogais é chamada de semivogal ( vogal mais fraca, pronúncia mais rápida e fraca na fala) , pois não é possível duas vogais na mesma sílaba agrupadas lado a lado.

Ditongo Crescente: o ditongo crescente dá-se quando a semivogal aparece antes da vogal na sílaba, isto é, o som da segunda vogal é mais forte na pronúncia da palavra.

Ex.: presidência: pre-si-dên-cia, Gênio: gê-nio. Note que nos termos a segunda vogal é pronunciada de maneira mais forte em relação a primeira.

Ditongo Decrescente: no ditongo decrescente a vogal aparece antes da semivogal na sílaba, assim o som da primeira vogal é mais forte em relação ao som da segunda na pronúncia do termo.

Ex.: Noite: noi-te, loura: lou-ra, coisa: coi-sa. Note que o som da primeira vogal é mais forte em relação a segunda vogal na pronúncia do termo.

O máximo de vogais que podem ser encontradas em uma sílaba lado a lado são três, caracterizando um Tritongo. Ex.:  Saguão: sa-guão, Uruguai: U-ru-guai,etc.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Literatura - Movimento Barroco

Imaginem-se vivendo em um país com determinadas leis. De repente, chega um governante, assume e resolve trocar aquelas leis, dizendo que estas são falsas e ruins para o seu povo. Quando todos se acostumam a essas novas leis, chega um novo governante e diz que está tudo errado, trocando tudo para como antes. Imaginem como se sentiriam as pessoas sobre o que é certo e o que está errado. Este exemplo retrata de forma simples o contexto e o conflito do homem no século XVII.

O barroco uniu o lado Renascentista ( valores humanistas, gosto pelas coisas terrenas,satisfações mundanas e carnais ) aos valores espirituais da Contrarreforma ( da época medieval, valores religiosos de fé, lado imaterial ). O movimento marcou um momento de crise espiritual da sociedade europeia, pois o homem estava dividido em duas formas de ver o mundo: a forma do sensualismo e dos prazeres materiais trazidos pelo Renascentismo e a forma trazida pela Idade Média e pela Contrarreforma, onde os valores espirituais ficavam evidenciados.

Os principais temas abordados no Barroco ficavam desses dois lados: a espiritualidade e a religiosidade. A oposição do amor e da dor era tratada com clareza. De um lado os valores espirituais e, do outro, a angústia e desilusão do homem em relação ao amor e seus atributos.

No Brasil, Gregório de Matos e Padre Antônio Vieira foram grandes escritores na poesia e prosa respectivamente.

O estilo barroco teve uma orientação artística que surgiu na Itália, especialmente em Roma, na virada para o século XVII. Na verdade, serviu como uma reação ao artificialismo maneirista do século anterior. O novo estilo estava comprometido com a emoção genuína e, ao mesmo tempo, com a ornamentação vivaz.

A base para esse movimento foi o drama humano, que na pintura barroca foi bem encenado com gestos teatrais muitíssimo expressivos, sendo iluminado por um extraordinário claro-escuro e caracterizado por fortes combinações cromáticas. O termo Barroco é usado para designar o estilo que, partindo das artes plásticas teve seu apogeu literário no século XVII, prolongando-se até meados do século XVIII.

No Brasil, esse movimento teve sua influência entre 1601 e 1768 com os seguintes eventos marcantes:

- 1601: publicação de Prosopopeia, de Bento Teixeira Pinto;

- 1768: publicação das Obras poéticas, de Cláudio Manuel das Costa, que assinala o início do Arcadismo no Brasil.

CONTEXTO HISTÓRICO

A REFORMA

O Barroco se manifestou em um período em que a igreja tinha uma forte influência na sociedade europeia. Isto fez com que alguns dos seus membros ou que nela se infiltraram não por motivos puramente religiosos, mas pelo desejo de ter um "status", já que na época fazer parte do clérigo era visto como algo de grande valor e isto fazia com que pessoas que não tinham verdadeiras vocações religiosas tivessem cargos dento da religião e assim através da atuação clerical vivessem como senhores nobres ou como pecadores contumazes, contrariando os ideais de humildade e simplicidade da doutrina cristã.

Esta situação serviu como forte motivo para uma cisão ou divisão dentro da igreja, que foi definitivamente concretizada pela Reforma Protestante de Martinho Lutero, iniciada em 1517, seguida da entrada de João Calvino, em 1532.

Os reformadores, Lutero na Alemanha e Calvino na França, reivindicavam a reaproximação da Igreja do espírito do cristianismo primitivo. Calvino tinha a ideia de que todos os fiéis podiam ter acesso ao sacerdócio, inclusive as mulheres. Era contra a hierarquia e colocou pastores como ministros das igrejas, aos quais era permitido o casamento. Calvino pregou a teoria da predestinação, para ele era Deus que daria a salvação a poucos eleitos e que o homem tinha que buscar o lucro por meio do trabalho e da vida regrada, isto marcou a ética protestante ficou bem atraente para o pensamento capitalista principalmente para a burguesia.

A CONTRARREFORMA

Com o objetivo de acabar com os exageros que haviam afugentados muitos fiéis e permitiu o êxito dos reformistas em alguns países, com isso a igreja começou a organizar a contrarreforma. Para isso, foi convocado o Concílio de Trento (1545-1563), com o objetivo de reestabelecer a disciplina do clero e a reafirmação dos dogmas e crenças católicos.

Depois do Concílio de Trento, criou-se o índex, uma espécie de índice para censurar os livros que pregavam doutrinas contrárias ou diferentes da doutrina católica. A inquisição passa a ser reorganizada para ter julgamentos de cristãos, hereges e de judeus acusados, ou seja, de qualquer pessoa que fosse contra os princípios cristãos ou da igreja dominante da época. A tentativa de conciliar o espiritualismo medieval e o humanismo renascentista resultou numa tensão, ou uma disputa entre forças opostas: o teocentrismo e o antropocentrismo.

Características da literatura barroca

» Culto do contraste: o dualismo barroco coloca em contraste a matéria e o espírito, o bem e o mal, Deus e o Diabo, céu e a terra, pureza e o pecado, a alegria e a tristeza, a vida e a morte.

» Consciência da transitoriedade da vida: a ideia de que o tempo consome, tudo leva consigo, e que conduz irrevogavelmente a morte, reafirma os ideais de humildade e desvalorização dos bens materiais, ou seja, sem apego aos bens materiais.

» Gosto pela grandiosidade: característica comum expressa com o auxilio de hipérboles, ou seja, exageros, figura de linguagem que consiste em aumentar exageradamente algo a que se estar referindo.

» Frases interrogativas: que refletem dúvidas e incertezas, questionamentos: “que amor sigo? Que busco? Que desejo? O que quero da vida?

» Cultismo: é o jogo de palavras, o estilo trabalhado. Predominam hipérbole, hipérbatos (isto é, alteração da ordem natural das palavras na frase ou das orações no período) e metáforas (comparações), como: diamantes que significam dentes ou olhos.

» Conceptismo: é o jogo de ideias ou conceitos, de conformidade com a técnica de argumentação. É comum o uso de antítese, ou seja, ideias contrárias, paradoxos. Enquanto os cultistas tinham a visão direcionada aos sentidos, já os conceptistas eram direcionados a inteligência.

O BARROCO NO BRASIL

Este movimento só se tornou realidade no Brasil quando a exploração das minas de metais preciosos em Minas gerias deu oportunidade para o surgimento de novas cidades e vilarejos, pois com elas vieram também a cultura e a arte.

Um exemplo foi a :

ARQUITETURA BARROCA

Teve sua visão voltada para e construção de fortalezas, casas de engenho, igrejas pertencentes a muitas ordens como a dos beneditinos. Alguns de seus principais representantes foram: Francisco Frias de Mesquita, que veio para o Brasil em 1603; Francisco Dias, que foi um jesuíta e que projetou a primeira igreja jesuítica no Brasil; Francisco dos Santos teve sua atuação em Olinda, foi arquiteto e também franciscano, seus projetos foram: a igreja de Nossa Senhora das Neves e o convento de São Francisco; Macário de São João, ele foi frei beneditino, que teve entre os seus principais projetos, o Convento de Santa Teresa, o Mosteiro de São Bento Casa de Misericórdia, em Salvador. Francisco Xavier de Brito foi escultor português, radicando no Brasil, acabou influenciando a obra do mestre Aleijadinho; Antonio Francisco Lisboa, também conhecido como o Aleijadinho, visto como o maior gênio da arte brasileira.

MÚSICA

A música barroca, por sua vez, tem nos nomes de José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita e Marcos Coelho Neto sua maior representatividade.

LITERATURA

A publicação, em 1601, do poema Prosopopeia, de Bento Teixeira, marca o início da literatura barroca no Brasil.

Prosopopeia é um poema de 94 estrofes que exalta, de forma exacerbada, a figura de Jorge de Albuquerque Coelho, segundo donatário da capitania de Pernambuco.
Influenciado por Camões, Bento Teixeira transcreve em seu poema
Prosopopéia inúmeros trechos de Os Lusíadas, estabelecendo, desta forma, um vínculo estreito entre a literatura brasileira e a literatura portuguesa do período.

Interessante apenas como um documento histórico da fase inicial da literatura brasileira, o poema de Bento Teixeira não apresenta grande valor estético.

Estendendo-se até 1768, a literatura barroca produzida no Brasil refletiu as tendências e características literárias de península ibérica.

Em resumo tem-se:

Origens do Barroco

- Jesuítas como responsáveis históricos pela formação do Barroco.

Barroco no Brasil:

- Realidade cultural a partiu do surgimento de cidades e vilarejos de Minas Gerais;

- Novas cidades e vilarejos originaram o desenvolvimento de manifestações culturais e artísticas como arquitetura, artes plásticas, músicas e literatura;

- Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, visto como o maior gênio da arte barroca;

- Marco da literatura barroca no Brasil: o poema “Prosopopéia”, de Bento Teixeira, publicado em 1601.

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