domingo, 13 de dezembro de 2009

Língua - Pontuação:

Na Língua Portuguesa existem duas formas quanto a caracterização da pontuação, são elas: pontuação interna e pontuação externa.

Pontuação interna: dentro de uma oração.
Pontuação externa: A pontuação externa define a utilização da pontuação como divisor de orações meio a um período.
Os sinais de pontuação servem para dar sentido a uma oração, assim podemos notar que uma oração pode apresentar diferentes interpretações ou sentidos de acordo com a forma que ela é pontuada.

Vejamos a seguir as principais regras:

Ponto e Vírgula:

Utilizamos o ponto e vírgula nos seguintes casos:

Para itens de uma enumeração.

Ex.:

Lista de compras:
Pão;
Açúcar;
Leite.

Para aumentar a pausa antes das conjunções adversativas – mas, porém, contudo, todavia – e substituir a vírgula.

Ex.:

Deveria ir à reunião hoje; porém só poderei ir amanhã à noite.

Para substituir a vírgula no caso de troca de classe gramatical e uso de três vírgulas anteriores meio a uma oração:

Ex.:

O jacaré, o leão, o macaco, a girafa; todos estavam enjaulados e abrigados da chuva.

Para separar orações opositivas:

Uns trabalham; outros não trabalham.


Vírgula:

A vírgula é usada nos seguintes casos:

- para separar o nome de localidades das datas.

Porto Alegre, 12 de Maio de 2009.

Para separar vocativo.

Ex.:

Meu amor, espere que já estou chegando.

Para separar aposto.

Ex.:

Brasil, país do futebol, é pentacampeão mundial de futebol.

Para separar expressões explicativas ou retificativas, tais como: isto é, aliás, além, por exemplo, além disso, então.

Ex.:

O nosso sistema precisa de proteção, isto é, de um bom antivírus.
Além disso, precisamos de um bom firewall.

Para separar orações coordenadas assindéticas.

Ex.:

Ela ganhou uma guitarra, mas não sabe tocar.

Para separar orações coordenadas sindéticas, desde que não sejam iniciadas por e, ou e nem.

Ex.:

Cobram muitos impostos, poucas obras são feitas.

- para separar orações adjetivas explicativas.

Ex.:

A Amazônia, pulmão mundial está sendo devastada.

Para separar o adjunto adverbial.

Ex.:

Com o pé, chutou a bola.

Ponto :

É utilizado na finalização de frases declarativas ou imperativas.

Ex.:

Vamos assistir ao jogo.



O ponto final também é utilizado em abreviaturas.

Ex.:

Dr. ( doutor), Dra. ( doutora), Prof. ( professor), Sr. ( senhor), etc.

Ponto de Interrogação:

É utilizado no fim de uma palavra, oração ou frase, indicando uma pergunta direta.

Ex.:

Onde tu moras?

Por que não telefonastes?

Não deve ser usado nas perguntas indiretas.

Ex.:

Perguntei ao aluno se havia estudado.


Ponto de Exclamação:

É usado no final de frases exclamativas, depois de interjeições ou locuções.

Ex.:

Ah! Deixa isso aqui.

Nossa! Isso é demais!




Dois Pontos:

Os dois pontos são empregados nos seguintes casos:

Para iniciar uma enumeração.

Ex.:


A equipe entrará em campo com a seguinte formação:
Dida;
Juan;
Cafu;
Ronaldinho;
Ronaldo.

Antes de uma citação.

Ex.:

Já diz o ditado: filho de peixe,peixinho é.

Como já diz a música: o poeta não morreu.

Para iniciar a fala de uma pessoa, personagem.

Ex.:

O repórter disse: - Nossa reportagem volta à cena do crime.

Para indicar esclarecimento, um resultado ou resumo do que já foi dito.

Ex.:

O Ministério de Saúde adverte:sexo seguro é com o uso de camisinha.





RETICÊNCIAS:

Indicam uma interrupção ou suspensão na sequência normal da frase. São usadas nos seguintes casos:

Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.

Ex.:

Estava pensando em você quando...

Caminhava tranquilamente quando passei pela esquina e...

Para indicar hesitações comuns na língua falada.

Ex.:

Não vou ficar aqui por que... por que... não quero problemas.

Para indicar movimento ou continuação de um fato.

Ex.:

E a bola foi entrando...

Para indicar dúvida ou surpresa na fala da pessoa.

Ex.:

Alice! Você... ganhou na loteria!

Ronaldo... tu vais viajar?

ASPAS:

São usados nos seguintes casos:

Na representação de nomes de livros e legendas.

Ex.:

Já li “Dom Casmurro” de Machado de Assis.

“Os Lusíadas” de Camões tem grande importância literária.

Nas citações ou transcrições.

Ex.:

“Tudo começou com um telefonema da empresa, convidando-me para trabalhar lá na sede. Já havia mandado um currículo antes, mas eles nunca entraram em contato comigo. Quando as seleções recomeçaram mandei um currículo novamente”, revelou Cleber.

Destacar palavras que representem estrangeirismo, vulgarismo, ironia.

Ex.:

Que “belo” exemplo você deu.

Vamos assistir ao “show” da banda.

PARÊNTESES:

São usados nos seguintes casos:

Na separação de qualquer indicação de ordem explicativa.

Ex.:

Predicado verbo-nominal é aquele que tem dois núcleos: o verbo (núcleo verbal) e o predicativo (núcleo nominal).

- na separação de um comentário ou reflexão.

Ex.:

Os escândalos estão se proliferando (a imagem política do Brasil está manchada) por todo o país.

Para separar indicações bibliográficas.

Pra que partiu?

Estou sentado sobre a minha mala
No velho bergantim desmantelado...
Quanto tempo, meu Deus, malbaratado
Em tanta inútil, misteriosa escala!
(Mario Quintana, A Rua dos Cata-Ventos, Porto Alegre, 1972).

sábado, 5 de dezembro de 2009

Literatura - Arcadismo:

Arcadismo (1768- 1808)

O Arcadismo representa na literatura, uma reação ao estilo Barroco – exageradamente rebuscado, com antíteses e frases tortuosas. Na época ele propunha uma volta aos estilos clássicos, ou seja, Greco-Latino e Renascentistas, considerados fonte de equilíbrio e simplicidade, este movimento também é denominado de Neoclassicismo. O nome Arcadismo vem do romance pastoral de Sannazzaro, intitulado Arcádia (1504), que tem como tema à vida campestre, ideal de felicidade. A expressão Arcádia evoca a lendária região da Grécia, denominada pelo Deus Pan e habitada por pastores que se dedicavam á poesia e a vida rústica. Daí o fato de os poetas chamarem-se “pastores” e adotavam nomes Greco-Latinos: Glauceste (Cláudio Manuel da Costa) e Dirceu (Tomás Antônio Gonzaga).

Características do Arcadismo:

Imitação: os Árcades propunham uma volta aos modelos clássicos Renascentistas, porque neles encontrava o ideal de simplicidade e a imaginação equilibrada pela razão, o que seria o freio moderador das emoções e impelindo os excessos. Resultam disso a presença mitológica e a linguagem simples, de vocabulário simples e períodos simples.

Bucolismo: segundo os Árcades, a pureza, a beleza e a espiritualidade residem na natureza. O crescimento das cidades conduz à valorização do campo e do preceito Horaciano (poeta italiano, referência para os autores renascentistas e neoclássicos) do fugere urbem (“fugir da cidade”). Daí a preferência por temas pastoris e pelas cenas da vida campestre. Inutilia Truncar: (“corta o que é inútil”) era um lema do Arcadismo, pois eles buscavam uma vida simples, bucólica, longe do burburinho urbano. Outra norma desse movimento é a Áurea Mediocritas (“mediocridade áurea”), determinando a simplicidade e o ideal de uma existência tranquila, sem excessos e associado à natureza. Carpe diem: aproveitar o dia, viver o momento presente com grande intensidade, foi uma atitude inteiramente assumida por esses poetas.
Racionalismo: preocupação com a verdade e o real. Segundo os Árcades, só é belo o que é racional, prega-se, portanto o equilíbrio entre a razão e o sentimento. Não cedes, coração, pois nesta empresa O brio só domina, o cego mundo Do ingrato amor seguir não Deus... (Alvarenga Peixoto) Convencionalismo: repetição de temas muito explorados e utilização de lugares comuns como “ovelhas”, “pastoras”, “estrela-Dalva”, “montes”, “claros fontes” etc. Idealização do amor e da mulher: o amor é a fonte de prazer, tranquila e não-passional. Irás a diverti-me na floresta, Sustenta, Marília, no meu braço; Aqui descansarei a quente sesta; Dormindo num leve sono em teu regaço, (Tomás Antônio Gonzaga) Principais poetas: Cláudio Manuel da Costa: seu pseudônimo árcade é Glauceste Saturnino e Nise, sua musa-pastora. Com a publicação de Obras Poéticas inaugurou o Arcadismo no Brasil em 1768. Além da obra já citada ele produziu: O Parnaso Obsequioso de 1831 e Vila Rica, Poemeto Épico de 1839. Tomás Antônio Gonzaga: seu pseudônimo árcade é Dirceu, e Marília o de sua musa, Maria Dorotéia Joaquina de Seixas. Entre suas principais obras estão: Marília de Dirceu, coletânea de liras constituída de três partes, ambas publicadas em Lisboa em 1792 e 1799. Obra de linguagem simples revela o gosto pelas cenas pastoris. Outra obra dele é Cartas Chilenas, provavelmente escritas entre 1787 e 1788, obra satírica que tem como alvo o governador mineiro Cunha Menezes, a quem o poeta chama de “fanfarrão Minésio”. o remetente da carta é Critilo (Gonzaga), e o destinatário é Doroteu (Cláudio Manoel da Costa). O Chile é Minas, e Santiago corresponde a Vila rica, como pode se observar nem o povo escapa das críticas do poeta: Em 1789, Gonzaga foi preso, acusado de envolvimento na Conjuração Mineira. Em 1792 foi degredado a Moçambique. · Manuel Inácio da Silva Alvarenga: escreveu os vícios, As Artes, Epístola a José Basílio da Gama e o Desertor das Letras, poema heróico e cômico que manifesta seu apoio às reformas do Marquês de Pombal. Porém e o livro Glaura, poemas eróticos de 1799 que o coloca entre os principais poetas de sua época. Poesia épica do Arcadismo: · José Basílio da Gama: seu pseudônimo árcade é Termindo Sipílio. Escreveu o poema épico Uruguai, publicado em 1769, sua obra mais importante. Ele narra a luta entre os índios dos sete povos da missão, do Uruguai, instigados pelos jesuítas, contra o exército Luso-espanhol que deveria transferir para os domínios portugueses na América e a colônia do Sacramento para a Espanha.
· Frei José Santa Rita Durão: sua obra mais importante é Caramuru de 1781, que narra à história de Diogo Álvares correia, que morreu num naufrágio na Bahia no séc. XVI. Segundo a lenda um tiro fez com que os índios lhe atribuíssem características sobrenaturais e lhe dessem o nome de Caramuru (filho do trovão). Gozando de prestígio entre os índios que lhe deram Paraguaçu como esposa. Descreve a paisagem brasileira, nossa fauna, flora, os costumes a tradições indígenas. “A morte de Moema” é o episódio mais conhecido da epopeia: Diogo resolve embarcar para a França com Paraguaçu, Moema, Apaixonda, tenta segui-lo a nado e morre afogada.

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