Próclise: Colocação do pronome antes do verbo. Sempre quando houver palavras que possam atrair a variação pronominal átona.
Ou seja:
a) Palavras e expressões negativas:
“Nunca me digam isto”.
“Jamais me calarei”.
b) Advérbios e locuções adverbiais:
“Muito se aprende com a prática”.
“Só me foi possível sair agora”.
c) Expressões exclamativas:
“Bons ventos te levem”.
“Diabos te carreguem”.
d) Orações interrogativas:
“Quem te deu este vestido?”
“Onde te levaram?”
e) Conjunção subordinativa:
“Aguardamos que nos digas a verdade”.
f) Pronome demonstrativo neutro:
“Isso me foi atribuído...”.
“Aquilo me assustou”.
g) Pronome indefinido:
“Tudo se agita: as pessoas, o mar...”.
“Nada se obtém sem sacrifício”.
h) Pronomes relativos:
“Aí vai o endereço que me pediste”.
Observações:
O gerúndio, regido da preposição “em” ou de negação, admite, de rigor, a próclise:
Ex: “Em se tratando da religião, irei”.
Mesóclise: Colocação do pronome no interior do verbo. O verbo deverá estar no futuro do presente ou do pretérito e iniciar o período:
Ex: “Falar-te-ia se me fosse possível”.
“Dir-vos-ei estas verdades”.
Ênclise: Colocação do pronome depois do verbo.
Ou seja:
a) Quando o verbo começa o período:
“Amo-te, ó rude e doloroso idioma”. (Bilac)
b) Nas orações imperativas:
“Diga-lhe que se apresente a mim”.
c) Nas orações gerundiais, desde que não vier precedido de preposição “em” ou de advérbios negativos:
“... não lhe fazendo diferença”. (Herculano)
“... Tratando-se de minorar o sofrimento...”.
Observação:
E nas demais expressões onde não houver elementos de atração que possibilitem um caso de próclise ou mesóclise.
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