domingo, 23 de novembro de 2008

Literatura - Gêneros Literários:

Quando abrimos um livro, viajamos através de sua história, cada página nos remete a um lugar: aventuras, romances, batalhas, viagens ou vidas de importantes pessoas.
Se observarmos, notaremos que cada modo de se contar uma história apresenta características próprias, por quê?


GÊNEROS LITERÁRIOS


Aristóteles, filósofo da Grécia antiga (384 AC.-322AC.) organizou características para cada modo de literatura. O filósofo era um grande interessado no estudo das formas literárias, grande escritor nas áreas humanistas e filosóficas, não se conteve a elas e elaborou a obra: “A Poética de Aristóteles”, escrita de maneira a organizar os modelos literários. Aristóteles separou em três os gêneros literários:


GÊNERO ÉPICO


O gênero épico caracteriza –se por ser originado de “mitos”, isto é, estórias passadas de boca a boca, assim como na mitologia grega. Originalmente as histórias épicas eram apresentadas para grande público, sendo contadas em reuniões em espécies de coliseus gregos.
As narrativas tratavam sempre sobre fatos heróicos (guerras, batalhas, revoluções de um indivíduo ou de um povo), sendo narradas sempre com uma elaborada forma de epopéia, personagens heróicos lutando por uma causa ou liberdade de ideologia.
Algumas epopéias muito conhecidas são as histórias mitológicas: nelas sempre encontramos guerras ou lutas entre homens e deuses, usada para ensinar os acontecimentos do mundo aos homens e resgatar sua fé nos deuses, a mitologia é para os gregos o que, para nós brasileiros seria a bíblia. Desde o primeiro ser a andar pela Terra, o descobrimento do povo, as formas da natureza e dos climas são “explicadas” pela mitologia, sendo considerada uma das formas mais completas de literatura até os dias de hoje.

Leitura sugerida: A Odisséia (Homero);
O Tempo e o Vento (Érico Veríssimo).


GÊNERO DRAMÁTICO


O gênero dramático imortalizou escritores consagrados até os dias atuais, caso de William Shakespeare. O gênero dramático surgiu das peças teatrais, mais precisamente de seus roteiros, caracteriza –se por ser muito longo e detalhado,como eram escritos para serem encenados, apresentavam uma forma em demasia rica nos detalhes para que os atores pudessem “imaginar” a cena que fariam.
Não existe a presença de um narrador, os acontecimentos se dão na hora em que o leitor está lendo o livro, a linguagem sempre é bem marcada pela época em que se passa a história.
Os fatos mais comuns estão dentro da tragédia: romances, aventuras e dramas se passam meio a uma série de desventuras ou catástrofes dentro das histórias. Hoje em dia muitos livros são adaptados do gênero dramático para o Lírico, pois ficam assim bem menores em sua estrutura, podemos citar o exemplo da obra Romeu e Julieta (Shakespeare), em quanto o original, feito para o gênero dramático, apresenta 5.086 (cinco mil e oitenta e seis páginas) encontramos obras narradas em 500 (quinhentas) páginas encaixando-se no gênero lírico.

Leitura sugerida: Romeu e Julieta (Shakespeare)
Dom Casmurro (Machado de Assis) adaptação para roteiro.


GÊNERO LÍRICO


O gênero lírico caracteriza-se por apresentar uma linguagem lírica (termo utilizado pelos gregos em comparação ao instrumento chamado lira, por apresentar um som considerado belo, passaram a chamar tudo o que era belo de lírico), podemos ainda caracterizar como lírico: bonito, belo, enfeitado.
Os autores costumam sempre usar a terceira pessoa nessa forma de literatura, locais onde se passam as histórias sempre são bem apresentados com riqueza em detalhes.
O lado psicológico das personagens é sempre enfatizado, assim como o lado obscuro do homem (ganância, corrupção, luxúria, materialismo...) tudo se passa meio a histórias de grandes romances ou simples “aventuras” amorosas.

Leitura sugerida: Gabriela (Jorge Amado);
Cinco Minutos (José Alencar).


MITOS


Mitos são histórias passadas de boca em boca, não se sabendo, na maioria das vezes, quem precisamente seria o autor. Muitas vezes o escritor que primeiro escreve sobre um mito passa a ser seu progenitor.
Publicado no jornal Diário Gaúcho por Júlio Vallim (tenho que fazer uma propaganda,heheheh)

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