O
Cortiço
Aluísio Azevedo
Análise e características - não é um resumo.
Análise
O
Cortiço, escrito por Aluísio Azevedo, em 1890, é uma das principais obras do
movimento naturalista - movimento que teve seu início em França, denunciando a
miséria social, o preconceito, racismo, etc. Considero a leitura desse livro deveras
importante, pois ele retrata a história vivida em nosso país no final do século
XIX. A obra traz uma metáfora do domínio português sobre o Brasil, no
personagem de João Romão, português que domina o cortiço, mesmo sendo, nossa
nação, independente desde 1822.
O
Cortiço traz o próprio Cortiço como personagem principal, ali tudo se
desenvolve, o dia a dia, as brigas, a temática da difícil sobrevivência das
classes mais baixas em o Brasil. João Romão é o dono do espaço, português que
não mede esforços a fim de obter o seu maior desejo, ascender a uma classe
social mais alta, a fim disso ele passa por cima de qualquer um, o personagem
parece não ter um grau de humanidade.
A obra
foi um dos primeiros livros da literatura nacional a revelar a vida nas favelas
do Rio de Janeiro (poderíamos chamar assim o Cortiço, hoje em dia.), alvo de
polêmicas, o enredo revela as divergências entre a riqueza e a pobreza. Um fato
relevante é a utilização do "Zoomorfismo", técnica de comparação dos
personagens a animais nas situações que determinam o uso do instinto nas
atitudes.
Características
No decorrer da obra, Aluísio Azevedo
tematiza em torno de seu estilo literário: temas como o adultério, os crimes, a
miséria, os dilemas sociais, com base no cientificismo, são descritos meio as
situações no desenvolvimento do enredo. A teoria Darwinista e o determinismo
estão presentes no fator meio , influência, ser humano, pois o comportamento
humano é influenciado por meio do ambiente, nesse caso o Cortiço. A forma como
o autor descreve a vida proletária foi inovadora, já que as obras escritas até
então não ocupavam as páginas priorizando essa temática.