Podemos alegar que não há necessidade de tal unificação, pois os britânicos escrevem "analyse", enquanto os norte-americanos usam "analyze". Americanos e ingleses nem cogitam a possibilidade de uma unificação, pois prezam a liberdade de seu idioma. O acordo não unifica a língua, pois a Língua Portuguesa é muito mais que apenas grafia, existe o lexo, aspectos fonéticos, gramaticais, entre outros. Assim, esse termo não unifica de forma alguma nossa Língua. Como diz Desidério Murcho "o acordo ortográfico não unifica sequer a ortografia. Continuar-se-á a escrever “fato” no Brasil e “facto” em Portugal; “género”, “António” e “génio” em Portugal e “gênero”, “Antônio” e “gênio” no Brasil."
Tornaremos o povo , em grande parte, "analfabetos por desatualização", já que todos têm que reaprender a escrever várias palavras, quanto mais modificamos a Língua, mais difícil fica o povo ter o devido conhecimento sobre ela.
"O acordo ortográfico não tem qualquer
vantagem para os brasileiros, os angolanos, os moçambicanos, os cabo-verdianos,
os guineenses ou os portugueses. E tem desvantagens óbvias. Quem ganha com o
acordo e o que se ganha com ele? Esta é a questão importante. E só vejo duas
respostas.
Primeiro, ganham os intelectuais que
fizeram o acordo, que ficam assim na história. Triste maneira de ficar na
história, diga-se de passagem: como autores de listas de palavras. Enfim.
Segundo, ganha talvez o Brasil, porque usa o acordo como uma maneira de
tentar cativar os mercados africanos, para se abrirem mais às exportações do
Brasil e menos às da China. Contudo, não é o acordo em si que facilita tais
exportações: é apenas um sinal de aproximação do governo brasileiro que poderá
fazer os governos africanos abrir-lhes mais as fronteiras."Desidério Murcho aponta inúmeras razões de descontentamento para com o acordo, em minha opinião muitas são pertinentes, afora estas, acho que a mudança é positiva, pois com uma igual grafia, acordos comerciais, livros e uma grande aproximação entre os países da Língua Portuguesa é possível, qual a sua opinião?
Nenhum comentário:
Postar um comentário